A manifestação culminou a greve de
três dias que teve níveis de adesão de cerca de 90%. Os
enfermeiros estão dispostos a desenvolver novas e mais radicais
formas de luta, em defesa das suas reivindicações.
José Carlos Martins, coordenador do
Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, considerou esta luta como a
maior desde 1976.
Os enfermeiros aprovaram uma resolução
para entregar no Ministério das Finanças, na qual se declaram
"totalmente disponíveis e fortemente empenhados em desenvolver
novas e mais radicais formas de luta" caso o Governo, no
desenvolvimento deste processo negocial, "não se aproxime das
propostas sindicais".
O coordenador do sindicato declarou à
Lusa que os enfermeiros consideram "inadmissível que o Governo
esteja a propor para a carreira especial dos enfermeiros e ao nível
da remuneração de ingresso a manutenção dos actuais injustos 1020
euros até 2014 e 2015".
As cotas que limitam o acesso a apenas
10% destes profissionais ao topo da carreira é outro motivo de forte
protesto. Os enfermeiros lutam ainda contra a precarização.
Os deputados do Bloco de Esquerda
Francisco Louçã e João Semedo participaram na manifestação. À
Lusa, Francisco Louçã disse: "São trabalhadores licenciados,
muitos deles com mestrado ou com especialização, e o governo tem
vindo a rejeitar que tenham a mesma plataforma salarial de todos os
outros licenciados da função pública". O deputado bloquista
disse ainda que o governo exige qualificações mas depois não as
reconhece, "neste caso não é só uma questão de direito e de
respeito, é uma questão de estrutura e da defesa dos utentes do
Serviço Nacional de Saúde", acrescentou.
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