"Investiga-se um milhão de euros que apareceu na conta do
CDS no contexto do caso Portucale e foi o BES, investiga-se o rasto de 24
milhões de euros no caso dos submarinos quando o CDS estava no Governo e é uma
empresa do grupo Espírito Santo com sede no Reino Unido, onde é depositado e
passa este dinheiro, investigaram-se alguns dinheiros da família Pinochet e é
também numa dependência do Espírito Santo em Miami que este dinheiro vai
aparecer" afirmou F. Louçã em resposta às acusações de comunicado do Grupo
Espírito Santo, segundo noticia o site da TSF.
Francisco Louçã acusou o Governo de permitir a destruição de
uma vasta zona de paisagem protegida da costa alentejana para viabilizar um
empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo (GES) na herdade da Comporta.
Louçã fez estas declarações Domingo durante uma visita à zona onde vai ficar o
empreendimento turístico, tendo também feito duras críticas ao GES.
Louçã referiu que "754 campos de futebol foram retirados da
Rede Natura ou da Reserva Ecológica Nacional para se poder fazer um
empreendimento, porque são vários hotéis, três campos de golfe, 12.800 camas".
O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda afirmou
ainda: "o negócio está sempre acima do interesse público e aparece sempre o
Banco Espírito Santo". E frisando que os empreendimentos turísticos não
constituem solução para o desemprego declarou: "A resposta para o problema do
desemprego não é especulação e muito menos o enriquecimento, com negócios
imobiliários, do banqueiro Espírito Santo".
O Grupo Espírito Santo reagiu violentamente, considerando
que Louçã fez insinuações "trauliteiras", afirmando que pauta a sua conduta
"pelo escrupuloso respeito das regras que regem as actividades que
desenvolve", classificando o Bloco de Esquerda como "uma organização
radical que se auto-proclama contra a iniciativa privada" e dizendo que
"o combate político não justifica tudo, nomeadamente a mentira, os
insultos e a desinformação que, infelizmente, constituem a prática do líder do
Bloco de Esquerda".
Em resposta F. Louçã
levou mais longe as acusações, como se refere acima, afirmando desconfiança do
poder que o BES mostra ter e considerando que a acusação de "trauliteiro" se
deve a "nervosismo".
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