A União Europeia depois do "Não" irlandês |
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22-Jun-2008 |

Que futuro aguarda a UE depois de o
único povo chamado a pronunciar-se ter dado um rotundo "Não"
ao Tratado de Lisboa? Este é o tema deste dossier preparado
pelo Esquerda.net, um assunto que certamente manterá a
actualidade nos próximos meses.
Começamos com um artigo de
Pierre Khalfa, que afirma que os irlandeses votaram por todos
os povos da Europa. Para lembrar o que estava em causa, republicamos
Tratado de Lisboa - Assunto classificado, um artigo em que Miguel
Portas descodifica o Tratado de Lisboa. O Sinn Féin foi o
único partido parlamentar irlandês a fazer campanha pelo
"Não". Mary Lou McDonald, deputada europeia do Sinn
Féin, enumera os motivos que levaram o partido à defesa
do Não. Terminado o referendo, o Sinn Féin defende que
o Tratado Europeu está morto e apresenta uma lista de
propostas para negociar um melhor acordo. No artigo Democracia: e
porque não?, Miguel Portas defende que o Conselho
atribua ao futuro Parlamento Europeu a iniciativa de uma proposta
para a saída da crise. O deputado socialista Manuel
Alegre, defensor do "Sim", observa que a hora deve ser de
humildade e reflexão perante o funcionamento da democracia, e
conclui: "Viva a Irlanda. Porque não há Europa sem
respeito pela diferença. Não há Europa sem
democracia. Não há Europa contra os cidadãos."
Raoul Marc Jennar agradece aos irlandeses no artigo Obrigado
ao povo da Irlanda! E o Bloco de Esquerda alerta que Fingir
que o 'Não' irlandês nunca existiu é liquidar
credibilidade da Europa. Finalmente, dirigentes da ATTAC francesa
questionam: Quantos mais NÃOS são precisos para que
comecem a ouvir-nos?
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