Num destes dias, entre a contestação na rua e nas escolas ao
modelo de avaliação e a teimosia governamental, ainda foi possível ouvir a
Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reconhecer que nunca houve tão
grande exigência à profissão docente e ás escolas.
Opinião de José Lopes
Referindo-se, não ás exigências dos polémicos e burocráticos
critérios de avaliação aos docentes, que estão a desestabilizar o ambiente de
serenidade entre as comunidades escolares, mas a uma missão, que neste quadro
de contestação, assume, como de enorme dificuldade, dadas as novas exigências
aos professores e à escola de hoje.
Ou seja, ficou bem admitir, num tempo em que escasseiam
estratégias da Ministra para motivar estes profissionais, que é dever e
obrigação, dar-lhes condições para trabalhar.
Mas que expectativa séria pode haver nas promessas vindas de
quem liderou um dos mais duros e indignos ataques á classe dos professores,
humilhando-os e desautorizando-os, fragilizando a escola pública perante os
novos desafios da sociedade, essa sim, cada vez mais exigente, à qual não se
pode responder com facilitismo e sucesso artificial na escolaridade, que o
próprio sistema de avaliação do desempenho dos professores fomenta.
José Lopes (Ovar)
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